O uso de anabolizantes na musculação
- 21/05/2017 às 21:20
- Alex Assis
O início do século XXI é representado por uma explosão saudável. O número de adeptos em academias cresceu consideravelmente. Novatos e veteranos compartilham os mais complexos exercícios em busca de um corpo sarado. Além da prática de atividades físicas, outros fatores são importantes, tais como: alimentação correta, descanso (com ênfase no sono) e hábitos saudáveis. Todo o processo contribui para as mudanças no corpo. Em algumas épocas do ano, como o verão, as academias recebem um número maior de alunos, que buscam os resultados mais rápidos possíveis. A justificativa é que a rotina do dia-a-dia não contribui para um maior aproveitamento do novo estilo de vida. Logo, outros métodos são incorporados à rotina, para um aperfeiçoamento do corpo. O uso de anabolizantes cresce na mesma proporção que o de leigos praticantes. Segundo a SBEM ( Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia ) essa prática vem se tornando mais comum, pois quem faz uso, acredita no aumento da competitividade, na prevenção de lesões, ou até mesmo em finalidades estéticas.
Mas afinal, o que é anabolizante? Paulo Edson Pinto, bacharel em educação física e personal traineer, explica: “A grande maioria dos anabolizantes são derivados da testosterona, pois atuam no crescimento muscular, que é o objetivo principal de quem procura uma academia”.
De fato, os resultados são bons e rápidos, mas nem tudo é bônus, existe o ônus também. O uso frequente e sem o acompanhamento médico pode gerar efeitos colaterais graves e inclusive a morte. Os principais colaterais são: aumento de acnes, queda do cabelo, distúrbios da função do fígado, tumores no fígado, explosões de ira ou comportamento agressivo, paranoia, alucinações, psicoses, coágulos de sangue, retenção de líquido no organismo, aumento da pressão arterial e risco de adquirir doenças transmissíveis (AIDS, Hepatite). Paulo, ainda acrescenta outros efeitos mais pontuais para o público masculino: “pode acontecer o aparecimento de mamas ou calvície e também a redução dos testículos, afetando consideravelmente a produção de espermatozoides.” É bom lembrar que, os esteroides androgênicos anabólicos, podem afetar na produção natural de testosterona, fazendo com que o usuário nunca deixe de usar.
Recentemente, em 2007, um estudo foi realizado para traçar o perfil de quem usa anabolizante, e acredite, a maioria não é o público jovem, mas sim o homem de 30 anos, com renda alta. A pesquisa entrevistou cerca de 2.663 homens de 81 países.
Perguntamos ao Paulo se na academia em que trabalha, seus alunos o procuram para solicitar informações a respeito do uso e a resposta surpreendeu a equipe: “Não”! Ele nos explica que se perguntam ele logo aconselha a não usar, uma vez que os seus colaterais não valem os seus benefícios.
Muitas pessoas acreditam que, o fato de só malhar, não vai contribuir com a busca do corpo perfeito e por esse motivo, partem para o uso dessas drogas. Contudo, esquecem que, a disciplina e determinação são os fatores responsáveis pela mudança, já que o corpo precisa de estímulos constantes. “As pessoas precisam entender que a prática de atividade física deve ser um estilo de vida, logo, precisa de tempo para que os resultados apareçam. O corpo tende a mudar conforme o resultados dos seus esforços”, finaliza Paulo.